domingo, 24 de fevereiro de 2013

DECISÃO E VONTADE

As criaturas entram na instabilidade moral, habituam-se a ela, e passam ao domínio das forças negativas sem perceber. Dizem-se confiantes pela manhã e acabam indecisas à noite. Freqüentemente rogam em prece: - Senhor! Eis-me diante de tua vontade!... Mostra-me o que devo fazer!... E quando o Senhor lhes revela, através das circunstâncias, o quadro de serviço a expressar-se, conforme as necessidades a que se ajustam, exclamam em desconsolo: - Quem sou eu para realizar semelhante tarefa? Não tenho forças. Ai de mim que sou inútil!... Sabem que é preciso servir para se renovarem, mas paradoxalmente esperam renovar-se sem servir. Dispõem de verbo fácil e muitas vezes se proclamam inabilitadas para falar auxiliando a alguém nas construções do Espírito. Possuem dedos ágeis, quais filtros inteligentes engastados nas mãos; entretanto, costumam asseverar-se inseguras na execução das boas obras. Ouvem preleções edificantes ou mergulham-se na assimilação de livros nobres, prometendo heroísmo para o dia seguinte, mas, passada a emoção, volvem à estaca zero, à maneira de viajante que desiste de avançar nos primeiros passos de qualquer jornada. Louvam na rua o equilíbrio e a serenidade e, às vezes, dentro de casa, disputam campeonatos de irritação. O dever jaz à frente, a oportunidade de elevação surge brilhando, os recursos enfileiram-se para o êxito e realizações chamam urgentes, mas preferem a fuga da obrigação sob o pretexto de que é preciso cautela para evitar o mal, quando o bem francamente lhes bate à porta. Trabalho, ação, aprendizado, melhoria!... Não te ponhas à espera deles sob a imaginária incapacidade de procurá-los, à vista de imperfeições e defeitos que te marcaram ontem. Realização pede apoio da fé. Mãos à obra. Tudo o que serve para corrigir, elevar, educar e construir, nasce primeiramente no esforço da vontade unida à decisão.

A todos vós, Seareiros Espíritas...



Em qualquer lugar em que tu estejas, de uma forma ou de outra, despertarás o interesse de alguém. Algumas pessoas poderão ver-vos como antipáticos e até mesmo hostilizar-vos. Outros se interessarão saber quem sois e o que fazem. Inúmeros, no entanto, te falarão tentando um relacionamento fraterno, cada um sintonizando contigo, dentro do campo emocional em que estagia. Como temos, de uma maneira geral, carência de amizades e, excesso de problemas, as criaturas andam a cata de quem as ouça, ansiando encontrar compreensão. Concede a quem te procura a honra de ser ouvido. Silencia-te e ouve. Não aparentes saber tudo, ou estar por dentro de todos os acontecimentos. Nada mais desagradável e descortês que tomar a palavra de outrem e concluir-lhe a narrativa, nem sempre corretamente. Sê gentil, criando campo necessário para que quem sofre entenda as ondas de sua cordialidade e descarregue a tensão e o sofrimento, Ouça tudo, entenda, cala e reflita. No momento certo, fala com naturalidade e com a mansuetude possível, sem afetação e sem a falsa postura de intocabilidade ou isento de problemas. A arte de ouvir é também a arte de ser carinhoso ao ajudar. Autores da Mensagem: Né il postino o corriere sono importanti...

Oração por humildade


Deus de Misericórdia!... Auxilia-me a conservar o anseio de encontrar-te. Quando haja tumulto, ao redor de mim, guarda-me o silêncio interior em que procure ouvir-te a voz. Se algum êxito me busca, deixa-me perceber a tua bondade sobre a fraqueza que ainda sou. Diante dos outros, consente, oh! Pai, que te assinale o infinito amor, valorizando-me a insignificância, através daqueles que me concedam afeto. Se aparecerem adversários em meu caminho, faze-me vê-los como sendo instrumentos de trabalho, dentre aqueles com que me aperfeiçoas. Na alegria, induze-me a descobrir-te a proteção paternal, estimulando-me a seguir para a frente. Na dor, fortalece-me os ouvidos para que te escutem os chamamentos de paz. E, quanto mais possa conhecer, em minha desvalia, os recursos iluminados do oceano de mundos e de seres que construístes no Universo, concede-me, oh! Deus de Misericórdia, que eu tenha a simplicidade da gota dágua que, embora unicamente anônima gota dágua, se sente tranqüila e feliz porque se vê capaz de refletir-te a luz no brilho eterno da Criação. pelo Espírito Meimei - Do livro: Amizade Médium: Francisco Cândido Xavier.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

HISTÓRIA DE SÃO VALENTIM - PADROEIRO DOS AMANTES



14 DE FEVEREIRO - DIA DE SÃO VALENTIM - PADROEIRO DOS AMANTES

São Valentim, (ou Valentinus em latim), é um santo reconhecido pela Igreja Católica e igrejas orientais que dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países, onde celebram o Dia de São Valentim. O nome refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma antiga.Durante o governo do imperador Cláudio II, este proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens se não tivessem família, alistariam-se com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Asterias, filha do carcereiro a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e milagrosamente a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Fevereiro de 270.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Sábias companheiras....

Samba enredo da Beija flor 2013...



Eu vou cavalgar, pra encontrar
A minha história nesse mundo de meu Deus!
Venho de longe de uma era milenar,
Fui coroado quando o dia amanheceu!
Brilha, estrela guia...
Um viajante, a sua sede a matar!
Presente de grego, que grande ironia Herói das batalhas, real montaria!
Com asas surgiu do infinito, tão claro mito..
A joia rara de Alah! Cigano...
 Buscando a purificação!
Trotando elegância e bravura,
A minha aventura se torna canção!
É o bonde que vai, carruagem que vem...
Na viajem que trás, o amor de alguém!
Indomável corcel, alazão da Coroa...
Troféu da nobreza, estrela que voa!
Amigo do Rei, pela estrada lá vai o Barão!
Sul de Minas Gerais, galopei...
A riqueza da mineração!
Café me fez marchar...
 Ao Rio da corte a bailar!
Acreditar... Que fui a raça escolhida!
Sou um puro sangue azul e branco,
Um acalanto... a mais sublime criação!
Sou eu o seu cavalo de batalha,
Se a memória não me falha...
Chegou a hora de gritar é campeão!
Sou Manga Larga Marchador!
Um vencedor, meu limite é o céu!
Eu vim brilhar com a Beija-Flor..
Valente guerreiro, amigo fiel!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Suicídio



Tem o homem o direito de dispor de sua vida?

Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa transgressão desta lei. Suicídio... Uma das mais terríveis palavras do dicionário humano... Pronunciada, "afunda o chão em sete palmos", como diziam os antigos, ao se referirem às coisas mais sinistras da vida. Só Deus dispõe ao direito à vida, por intermédio de suas leis, lembram os Instrutores Espirituais, ao ser ventilado, na Codificação, o assunto. Estudaremos o doloroso tema com a esperança de que seja ele um incentivo à vida, por mais difícil se nos afigure ela, partindo dos seguintes pontos: a) Causas freqüentes do suicídio: • Falta de fé • Orgulho ferido • Esgotamento nervoso • Loucura • Tédio da vida • Moléstias consideradas incuráveis • Indução de terceiros, encarnados ou desencarnados b) Quadro geral dos desertores da vida, no plano espiritual: Relatos de antigos suicidas e obras especializadas, de origem mediúnica, falam-nos, inclusive, de vales sinistros, onde se congregam, em tétricas sociedades, os que sucumbiram no auto-extermínio. Nessa regiões, indescritíveis na linguagem humana, os quadros são terríveis. Visão constante das cenas do suicídio, seu e de outrem. Recordação aflitiva dos familiares, do lar distante, dolorosamente perdidos Saudade da vida - vida que o próprio suicida não soube valorizar, por lhe haver faltado um pouco mais de confiança na ajuda de Deus, que tem sempre o momento adequado para chegar... Outras vezes, solidão, trevas, pesadelos horrendos, com a sensação, da parte do infeliz, de que se encontra "num deserto , onde os gritos e gemidos têm ressonâncias tétricas". Os mais variados efeitos psicológicos e as mais diversas repercussões morais tornam a presença do suicida, no mundo espiritual, um autêntico inferno, onde estagiará, não sabemos quanto tempo, tudo dependendo de uma série de fatores que não temos condições de aprofundar, eis que inerentes à própria Lei de Justiça. Ataques de entidades cruéis. Acusações e blasfêmias. Sevícias e sinistras gargalhadas povoam a longa noite dos que não tiveram coragem para enfrentar o tédio, o desamor, a calúnia, a desventura... Se pudessem os homens levantar uma nesga da vida espiritual e olhar, a distância, as cenas de torturante sofrimento a que são submetidos os suicidas, diminuiriam, por certo, as estatísticas. c) Conseqüências em futuras encarnações: Se a tortura do Espírito, após o suicídio, é horrível, seu retorno ao mundo terreno, pela reencarnação, far-se-á na base das mais duras penas. Reencarnações frustradas, isto é, que se interromperão quando maior for o desejo de viver, o "anseio de vida"- vida esta que ele não teve fé suficiente para valorizar. Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de que se valeram , renascem trazendo as afecções valvulares, os achaques do aparelho digestivo, as doenças do sangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outros males de etiologia obscura; os que incendiaram a própria carne amargam as agruras de terríveis doenças dermatológicas, como o fogo selvagem e a ictiose; os que se asfixiaram, seja no leito das águas ou nas correntes de gás, exibem processos mórbidos das vias respiratórias, como o caso de enfisemas ou de cistos pulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo os dolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam as neoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os que estilhaçaram o crânio, ou deitaram a própria cabeça sob rodas destruidoras, experimentam desarmonias da mesma espécie, notadamente as que se relacionam com o cretinismo, e os que se atiraram de grande altura reaparecem portando os padecimentos da distrofia muscular progressiva ou inflamações do tecido ósseo. Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem as distonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversas calamidades congênitas, inclusive a mutilação e o câncer, a surdez e a mudez, a cegueira e a loucura, a representarem terapêutica providencial na cura da alma". (Emmanuel)

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Dois Caminhos

É fácil saber se uma pedra foi retirada de um rio ou se foi quebrada em uma pedreira. As de pedreira apresentam muitas quinas, são ásperas e irregulares, agressivas ao tato. As pedras de rio são lisas e roliças, já sofreram um polimento natural. Ao longo do tempo, a correnteza das águas vai se encarregando de atirá-las umas contra as outras, para arredondar lhes as arestas. Na medida em que vão se tornando polidas, vai sendo reduzido o atrito entre elas, já não se ferem, deslizam harmoniosamente umas entre as outras, como esferas lubrificadas de um rolimã. O processo evolutivo espiritual das criaturas humanas pode ser comparado ao do burilamento das pedras de rio. O Espírito é criado puro e ignorante. Puro, porque não traz qualquer tendência para o mal. ignorante, porque não adquiriu ainda qualquer conhecimento. Ao longo das reencarnações sucessivas, a correnteza da vida também nos atira uns contra outros: somos levados a conviver entre semelhantes. Em nossa infância espiritual, ainda como pedras-brutas, essa convivência é marcada pelo atrito entre nossas arestas. A rusticidade do homem das cavernas nos mostra o que foram nossas primeiras encarnações; o instinto animal predominando sobre a razão e o sentimento, a matéria sobre o Espírito, o estado de guerra como condição permanente. Passaram-se séculos e milênios, abandonamos as cavernas, participamos da construção, do apogeu e da queda de diferentes impérios, vivenciamos diversas culturas. Com as conquistas da ciência, domesticamos a natureza, transformamos a paisagem ao nosso redor, descobrimos como tornar a existência mais confortável. Observando, no entanto, nosso mundo interior, nos deparamos com a presença incômoda e persistente de imperfeições atávicas, paleolíticas. A História nos revela que, mesmo após deixar as cavernas, o homem conservou traços do troglodita em sua intimidade espiritual. Pois foi nossa ignorância rústica que, diante da vacilação de Pilatos, exigiu o martírio do doce Jesus. Foram nosso orgulho e nosso egoísmo que produziram as guerras, os massacres das Cruzadas, as fogueiras da Inquisição e os horrores da Escravatura. Ingênuos os que supõem que não estavam lá. Assim, ao longo desses séculos, avançamos muito mais no progresso material, exterior, do que a jornada ética, íntima, do Espírito. "A evolução espiritual é contínua, não regride nunca, mas pode ser retardada em seu processamento se não se aproveitar bem a oportunidade que Deus concede ao Espírito reencarnante." (FEB, Currículo para as Escolas de Evangelização). Viver em sociedade é aspecto essencial desta oportunidade. Frequentemente nos sentimos inconformados por termos de conviver com pessoas que nos aborrecem, nos irritam, nos são antipáticas, mas essa convivência é um dos processos naturais de nosso burilamento. Tais pessoas são indispensáveis: elas nos incomodam exatamente em nossos pontos mais fracos, mais sensíveis, e nos apontam, portanto, quais são esses pontos, quais são nossas piores arestas: os que precisam de ajuda incomodam ao nosso egoísmo, os que julgamos melhores que nós nos ferem a vaidade e o orgulho, e assim por diante. Cada conflito é um alerta e um roçar polidor de arestas. Quanto mais ásperos somos, mais dolorosos são os atritos, pois a dor é consequência de nossos atos de desamor para com o próximo, nesta ou em outras existências. Diferentemente das pedras, entretanto, a criatura humana, sendo dotada de inteligência, consciência e livre-arbítrio, pode escolher caminho evolutivo menos doloroso. Jesus nos aponta o rumo: amarmo-nos uns aos outros. Nenhum de nós Foi criado para sofrer e o amor pode livrar-nos da dor, pois ele nos "cobre a multidão dos pecados" (1 Pedro IV, 8). A evolução é lei universal e irrevogável, mas dois caminhos nos são oferecidos para percorrê-la: dor ou amor. A prática do amor proporciona polimento indolor em nossas almas, suaviza-nos as arestas, desenvolve-nos o altruísmo, harmoniza nossa convivência com os semelhantes. A decisão é sempre nossa. Maurício Roriz

TESOURO DE UM POVO...

Se todas as culturas e línguas dos povos fossem preservadas, com certeza o mundo atual estaria mais enriquecido com a história dos homens. Hoje poderíamos entender melhor nossa trajetória neste planeta. Como todos sabem a maior jóia de um povo é sua liberdade. O único povo que se espalhou pelo mundo todo sem entrar em guerra com ninguém foram os ciganos. Sempre foram perseguidos, mas apesar disso são guardiões da liberdade. Seu grande lema é: “O Céu é meu teto; a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião“, traduzindo um espírito essencialmente nômade e livre dos condicionamentos das pessoas normais geralmente cerceadas pelos sistemas aos quais estão subjugadas. A vida é uma grande estrada, a alma é uma pequena carroça e Deus é o Carroceiro. Uma das paixões do povo cigano são as jóias imortalizada através de um estilo de adornos, virando um mito em todas as partes do mundo. Chama sempre a atenção das pessoas as jóias que os ciganos usam, principalmente moedas e medalhas, algumas com símbolos que não são conhecidos pela maioria das pessoas, além de outros, já mais comuns, como os glifos dos signos (sinais gráficos que representam cada um dos signos do Zodíaco), os arquétipos (símbolos de conhecimento comum, como a pomba branca, simbolizando a paz, por exemplo), e outros símbolos. Tradicionalmente, muitos grupos ciganos dominam o trabalho com metais. Algumas etnias carregam isso até no nome, como os kalderash (“caldeireiros”, em romani). No Brasil, os ciganos participaram da exploração de minas de ouro no século 18. Junte-se tudo isso à fama de trapaceiros e fica fácil entender a crença de que eles falsificam metais. A história dos ciganos é toda baseada em suposições. E a razão é simples: faltam documentos. Os ciganos são um povo sem escrita. Eles nunca deixaram nenhum registro que pudesse explicar suas origens e seus costumes. Suas tradições são transmitidas oralmente, mas nem disso eles fazem muita questão – os ciganos vivem o hoje, não se interessam por nenhum resquício do passado e não se esforçam por se manterem unidos. A dificuldade em se fixar, o conceito quase inexistente de propriedade e a forma com que lidam com a morte – eliminando todos os pertences do falecido – dificulta ainda mais o trabalho aprofundado de pesquisa. Mas, apesar de todas as divergências, algumas características permitem traçar um perfil comum a esses grupos. A primeira delas é o espírito viajante. Ainda que nem todos sejam nômades, os ciganos não se sentem pertencentes a um único lugar. Não criam raízes, não têm uma noção concreta de propriedade – estão sempre fazendo negócios com seus pertences, preferencialmente em ouro, que não perde valor e é aceito em qualquer nação (por isso a imagem cigana é vinculada ao uso do ouro como adereço, especialmente nos dentes das mulheres). Também mostravam o poder econômico de um Clã, quantos dentes de ouro tivessem na boca de um cigano, ele era mais e mais respeitado.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

" Cigana da Estrada "

Sou filha do céu e da terra; irmã da água e do ar. Sou o fogo na floresta e a branca espuma do mar. Sou a loba; sou a selva; sou a carícia da relva; e a carroça atrelada. Sou a beira e o caminho; sou um pássaro sem ninho e do galho mais fraquinho, todos me escutam cantar! Sou a menina do dia e a amante louca da noite; sou o alívio e o açoite, e a carne esfacelada. Sou a abelha rainha, venha provar do meu mel, pois dentro do meu casulo, você estará no céu! Se quer que eu lhe deixe louco entre um beijo e uma dentada, me chame de tudo um pouco, mas meu nome é estrada. Na sombra, eu sou vaga-lume; na luz eu sou mariposa; sou o inseto que pousa e a lâmpada que é apagada. Nasci para passar o tempo e ficar um tempo parada, mesmo que a vida insista, em me deixar estafada, vou seguindo, sempre em frente, pois topo qualquer jogada, todos sabem que existo, pois meu nome é estrada. Realizo a caminhada; sem precisar me cansar; percorro vários caminhos; importante é caminhar. Estou aqui, ali e acolá; o que não posso é parar. Sou casada com o poder de sempre ser encontrada, aceito qualquer roteiro, me chamam de caminheiro, mas meu nome é estrada. Sou a primeira e a última, de todas as desgraçadas. Honrada ou desprezada; vil ou simplesmente sagrada; sou o som e o silêncio; sou o choro e a risada. Sou a eterna abundancia; pois sempre dou importância, para a semente lançada, num solo de doce fragrância, pois meu nome é estrada. Sou o Rei e a Rainha; sou o súdito e o reinado; sou a coroa e a forca, o algoz e o enforcado. Uso a máscara da vida, mas me confundem com a morte. Sou o azar e a sorte, e, aquela que foi dispensada. Sou a bandeira da paz mas me trocam pela guerra, na tirania da terra, me vejo desapontada, porém, quem me ama não erra, pois o meu nome é estrada. Saindo de um turbilhão; alçando a torre encantada; me vejo como uma estrela, de lua e sol enfeitada. Com certeza amanhã, estarei acompanhada, do Anjo que é puro élan, de uma mulher coroada. Sou a roca, sou o fio, sou tecelã afamada, na teia eu desafio quem faça a melhor laçada, pois entre a chama e o pavio, eu tramo a trama esperada, mesmo que seja apenas, por uma curta jornada. Me coloque em sua vida, como uma moça querida, que precisa ser amada; em troca posso lhe dar, o bem maior deste mundo numa bandeja dourada. Me traga no coração pra me deixar encantada. Não me esqueça e me honre com sua gentil chamada; grite bem alto o meu nome! Me chame, me chame, eu sou a sua " Cigana da Estrada ".

Doce Vampiro....

Venha me beijar
Meu doce vampiroooo
Ou ouuuuu Na luz do luar Ãh ahãããããh
Venha sugar o calor
De dentro do meu sangue...vermelhoooo!
Tão vivo tão eterno...veneno!
Que mata sua sede
Que me bebe quente
Como um licor
Brindando a morte e fazendo amor...
Meu doce vampiro Ou ouuuuu
Na luz do luar Ãh ahãããããh
Me acostumei com você
Sempre reclamando, da vidaaaa
Me ferindo, me curando..a ferida
Mas nada disso importaaaa
Vou abrir a portaaaa
Prá você entrar
Beija minha boca ...Até me matar...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Frase cigana

 
 
THIE BLAGOIL O DIEL SAR LE ROMENTAI LE GAGEM KATAR LE LUMIA!
(DEUS ABÊNÇÕE TODOS OS CIGANOS E NÃO CIGANOS DO MUNDO!)
 

PRECE CIGANA!!!

Salve o Sol, a Natureza, o Orvalho da Manhã! Salve Deus todo Poderoso, que me dá a felicidade de tomar a bênção a toda Natureza. Salve o Vento, o Sol, a Chuva, as Nuvens, as Estrelas e a Lua! Salve as forças das Águas, a Terra, a Areia e o Solo Fértil! Que belo seja seu remédio! O pão que parto a mesa, seja multiplicado! O Trigo que carrego comigo, seja minha prosperidade. O Universo me abrace. E que os quatro elementos: Terra, Água, Fogo e Ar, me dêm as forças necessárias para todas as dificuldades de minha vida. Meus caminhos sejam abertos, hoje e sempre, com toda a pureza dos Elementais e dos Anjos Mensageiros de Deus. Amém.

Sou Bruxa...

Sou filha do Sol, trazida pelo vento.Sou verdadeira Bruxa por dentro.Bruxa nascida do fogo, meu espirito é soberano. Sou a transformação, a destruição e também sou a criação.Vivo com liberdade, criatividade e lealdade. Assim vão me encontrar.E se procurarem bem no fundo da fogueira, lareira ou de uma vela...Os meus olhos vão achar na chama daquilo que queima o meu espirito, estará lá.Mas logo vos aviso, se mau intencionado estás,não procurarás.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Luz ao Nosso Anjo guardião...Proteja-nos

CRESCIMENTO ESPIRITUAL

Abençoem todos o sinais de crescimento, desenvolvimento e mudança na Natureza; as transições do amanhecer e do entardecer; o movimento do sol, da lua, dos planetas e estrelas; o vôo dos pássaros no céu; e o movimento dos ventos e do mar.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Cambori- Vitória... Festa de Iemanjá

Cabocla Janaína: a sereia do mar...

"O mar serenou quando ela pisou na areia... Quem samba na beira do mar é Sereia!" A Linha das Águas compreende tanto as Caboclas de Iemanjá como as Caboclas de Oxum. As Caboclas dessa Linha são formosas, simpáticas e de extrema paciência. Assumem diversos nomes, como: Janaína, Iara, Inaê, Jandiara, Jandira, Jandaia, Indaiá, entre outros. Também temos Caboclos atuando nessa Linha... Mas, hoje, contarei apenas a história da Cabocla Janaína desta seara. Janaína significa "Rainha do Lar". Ela nasceu na Tribo dos Goitacás, no litoral sul do estado do Espírito Santo. Eles eram índios pacíficos e felizes porque evitavam a guerra. Seu pai era um grande guerreiro e sua mãe uma grande tecelã. Viviam da caça e da pesca. Sua pele era queimada do sol da praia, onde gostava de passar horas apreciando o mar. Sabia nadar como um peixe e compreender a linguagem da natureza. Quando a expedição Cabralina passou por suas praias ela foi uma das primeiras a avistar o navio e o homem branco. Apaixonou-se pelo que viu: eles pareciam deuses para ela... Janaína possuía olhos amendoados, longos cabelos negros e pele morena do sol. Seu corpo possuía boa forma e beleza. Por isso, chamou a atenção do homem branco, quando ele desembarcou próximo a sua aldeia. Ela correu avisar os chefes da Tribo e chamar os demais. Acompanhou de longe todos os contatos, mas não entendia o que eles falavam. Pelos sinais percebeu que tentavam se aproximar e fazer amizade. Deram presentes, que para ela eram desconhecidos: garfos, colheres, espelhos, colares... Mas, que pareciam tesouros! O que mais lhe chamou a atenção foi o espelho! Já havia se mirado nas águas de um lago, mas olhar-se num espelho, era mágico! Os portugueses lhe deram um vestido e um adorno de cabelo e lhe mostraram como usar tudo aquilo. Ela se vestiu e se enfeitou e percebeu os olhares sobre ela. Nunca mais foi a mesma. Sentiu-se encantada com esse novo mundo. Sabia que existia muito mais do que ela conhecia. Foram vários meses de visita. Ela não tinha medo do homem branco e até apaixonou-se por um deles; ele era um dos imediatos do navio. Mas, ela já estava prometida em casamento. Após dois anos de visitas contínuas, ela entregou-se ao rapaz, em meio a natureza. Dois meses depois estava grávida e o navio já estava de partida. Sua tribo era severa com traições. Seria mantida presa na oca até o nascimento da criança, a qual seria dada aos animais. Depois a prenderiam em um mastro no meio da tribo, com privações diversas sob o sol e a lua, até que contasse quem era o pai da criança. Em seguida seria expulsa ou morta com uma flechada no peito. Por conta disso, desesperou-se ao perceber que ficaria sozinha. Não tinha planejado nada daquilo, apenas aconteceu. Então, ao ver o navio partindo, atirou-se às águas e nadou o mais que pode para alcançá-lo. Queria pedir ao pai da criança que a levasse junto. Mas, suas forças enfraqueceram e afogou-se nas águas profundas... A Mãe d'Água compadecida, devolveu seu corpo à praia e quando a encontraram não entenderam o que aconteceu. A Tribo dizia que ela morreu por amor ao homem branco. Depois que desencarnou seu espírito foi recolhido e ela soube o restante da história. O rapaz retornou a Portugal e nunca mais visitou o Brasil. E somente trinta anos depois os brancos voltaram a pisar em sua terra nativa. Os capixabas foram colonizados e os índios catequisados pelo Padre José de Anchieta. Foi convidada a trabalhar para auxiliar os índios que morreriam nos próximos anos devido à ocupação pelo homem branco. Foi então fundada a Colônia de Jurema, que começou a abrigar todos os nativos que morriam para preservar seu solo. Os séculos passaram e muita coisa aconteceu ao Brasil. Sua terra não era mais a mesma. Surgiu a Colônia de Aruanda e um novo trabalho se instalou e ela se tornou mais uma trabalhadora da Seara Umbandista no solo brasileiro.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

2 de fevereiro dia de Iemanjá....

Danda....salve as ondas do mar....salve a calunga!

Homenagem a Iemanjá

Eu , em silêncio irei percorrer pela beira e pelo mar... E cada passo sei que ao meu lado estará as forças que rege a minha essência. No ir e vir das ondas , minha Mãe Iemanjá, estará lavando minha alma, levando para o fundo do mar sagrado onde reina absoluta todas as minhas dores e mágoas. ODOCIABA IEMANJÁ!

Salve Iemanjá....a rainha do mar....

Yemanjá é o respeito, o amor, o despertar da Grande Mãe em cada um, a percepção de que somos co-criadores com o Pai, podendo gerar a "vida". Jesus tinha o princípio do masculino e do feminino (animus e anima) em Sua essência divina, em perfeito equilíbrio interno. Hoje, temos uma visão totalmente distorcida e masculinizada do princípio feminino. Deus na realidade é: Deus-Pai-Mãe-Espírito. Temos dificuldade de penetrar na essência do feminino, que é a emoção, a doçura, a compaixão. É a energia que flui, a essência da doação, da harmonia, da vida em perfeito equilíbrio com a natureza, que espera com paciência, em seu próprio ritmo. Na vibração do amor, tudo se harmoniza e permite que vejamos e aceitemos as pessoas como elas realmente são. Amar é abrir o coração sem reservas, desarmar-se, entregar-se e doar-se. As águas representam as nossas emoções...

Salve a sereia do mar....