sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Frase do dia

“Cuide, cultive, queira o bem? O resto vem!”
Caio Fernando Abreu


 

Trecho do livro: " Amor cigano"- Características ciganas

"...A tempestade continuou ainda por mais algumas horas, depois foi cessando e o dia amanheceu amarelado, com o sol ainda encoberto por nuvens....A chuva passara, deixando com ela enormes poças alastradas pelo local. Homens e mulheres desceram dos pesados veículos, espalhando-se para cuidarem de seus afazeres. Caldeirões foram postos a ferver para a primeira refeição do dia, tarefa essa aos cuidados das mulheres. Enquanto isso, os homens examinavam os eixos e rodas das carroças. Trajavam calças pretas e azuis enfiadas em altas botas de couro. Envolvendo-lhes a cintura, um pano vermelho. Camisas brancas de mangas compridas e folgadas, abotoadas no pulso e circundando-lhes a cabeça lenços também vermelhos adornado, alguns, com medalhas de ouro. Outros, ostentavam argolas de aros grandes pendentes das orelhas. As mulheres vestiam saias rodadas de cores variadas, blusas brancas rendadas, torços idênticos aos dos homens, enfeitados com medalhas e argolões nas orelhas..."

Descrição do pousar  repentino de um cigano em seu clã e características deste povo

Trecho do livro: "Amor Cigano"-Luiz Carlos Carneiro
Espiritos: Amedée Achard e Prosper Merimée
(Célio e Nara)

Mensagem de Padilha


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ponto cigano...


Mensagem Cigana- Ponto


Mensagem- Milagres

“Milagre é quando tudo conspira contra, mas Deus vem de mansinho e com um sopro leve muda o rumo dos ventos. É quando respirar vira quase um suspiro de alivio e a vida devolve o sorriso como forma de retribuição por todo sofrimento. É o instante teimoso que resiste bravamente a um duro percurso e mantém-se em pé amparado pela força divina. É a decisão que escapa de nossas mãos, mas que antes de cair agarra-se com toda força a uma segunda chance. Milagre é o improvável gesto de carinho que impulsiona o ser humano a não deixar de acreditar.”

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O poder das castanholas ciganas...


Quando a cigana ou cigano toca as castanholas estão trabalhando os elementais da terra e também evocando os grandes ciganos tocadores deste instrumento.
Fazem com que a festa que estejam sejam abertos os portais para os guardiães protetores, tiram as negatividades e fazem com que o sentimento de alegria e amor sejam fluentes e invadam corpos e mentes das pessoas que estejam participando do bródio.



domingo, 25 de novembro de 2012

Cigana do pandeiro


Olhos ciganos: grandioso mistério!

 
"Os olhos ciganos são pérolas negras reluzentes, carregados de mistério e desconfiança. Olhos vívidos e expressivos, cujo fitar, revela uma peculiar diferença dos olhos dos outros homens. Cigano não olha, simplesmente move as pestanas e mira...Mirada que descortina os mais secretos pensamentos. Nos olhos ciganos há um mistério incontestável na estranha expressão de fitar..que traspassa o âmago de um povo profético. Os olhos ciganos são a marca inimitável de um povo livre e honrado, que nunca declarou guerra, para ocupar terra nenhuma. No mundo e com o mundo, os ciganos vão girando..levando o enigmático olhar, o silêncio do saber gitano..Inconfundível, Intransferível..Eterno. "
 
Extraído do blog: " No mundo de Luna Kali"
 

Frase do dia- Cora Coralina

“Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.”


―Cora Coralina


sábado, 24 de novembro de 2012

Esclarecimento sobre o possível fim do mundo- Ou final de um ciclo?!



"...2012 vêm com a mensagem sobre o fim de uma era e o início de outra. Para que algo renasça, é necessário que, antes, tenha morrido. Morrer significa deixar o corpo físico. Como não vamos abandoná-lo, a idéia seria transmutar, começar de novo a nossa história, porém, agora, utilizando todas as facilidades de crescimento e conscientização que conseguimos através de nosso esforço e trabalho durante todas nossas existências, em uma série de mortes e renascimentos. Minguante,,, vamos esvaziar nossa taça de tudo o que é desnecessário ou até prejudicial, porém, vamos utilizar e recuperar a bagagem útil e necessária que conquistamos ao longo de nossa longa caminhada.

Vamos adentrar esta nova era com todas as ferramentas conquistadas: força, coragem, sabedoria, alegria, tranqüilidade e sobretudo... AMOR, porque, esta, é a maior mensagem da nossa primeira mãe, a ÁGUA..."

Trecho do Blog Despertar da Bruxa, sobre o Término do ano de 2012, esclarecendo os  aspectos sobre o possível fim do mundo.

Mensagem- Amor Cósmico


Amor Cósmico

                                                   Oliveira de Panelas

E a terra era, criancinha ainda,
quando eu comecei te amar.
Eu venho dos anos, das eras,
que longe se acham daqui.
Contigo cantei a canção, no espaço maior,
em forma de luzes de um mundo melhor,
mas foi necessário partir.
Eu lembro da primeira vez que te vi,
milênios de instantes de mim para ti.
Num sol paralelo de imensidão, estamos aqui.
Viemos de longe, do largo, do alto, profundo...
Cercado de inícios de todos os mundos,
sem poder parar.
E a terra era criancinha ainda,
quando eu comecei te amar.
Partimos maneiros, ligeiros,
qual luzes brincando com fogo no ar
E a terra era criancinha ainda,
quando eu comecei te amar.
Jurei a promessa de minha missão,
que quando estivesse contigo no chão,
pagaria toda promessa que fiz.
Então desse amor que nasceu de nós dois,
que nasça outros grandes amores depois,
sementes plantadas para um mundo feliz.
Num processo lindo que te conheci,
mil razões eu tenho pra não te deixar.
Na vida eu estou, da vida eu saí,
na vida eu irei te encontrar.
E a terra era, criancinha ainda,
quando eu comecei te amar.

Créditos blog: Despertar da Bruxa

Homenagem a Vó Maria!



"Um galhinho de arruda
A vovó me deu
Um galhinho de arruda
Pra me proteger
Eu agradeço a essa linda Preta Velha
Um galhinho de arruda
Ela me ofereceu
Eu agradeço a essa linda Preta Velha
Pois em suas orações
Ela nunca me esqueceu..."


Homenagem a minha querida e sempre lembrada Vó Maria, que ondes estejas estas comigo...Aos seus conselhos amigos, sua proteçãoe seu amor...minha querida vozinha!

Luz, paz, fé, amor e caridade!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

20 DE NOVEMBRO DIA DE ZUMBI- CONCIÊNCIA NEGRA NO BRASIL


Quem foi Zumbi e realizações

Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.

Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.

No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.

O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.

domingo, 18 de novembro de 2012

A tristeza dos orixás...



Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência, uma verdadeira mensagem para os umbandistas.

Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia, e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios, brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Iemanjá que em nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração:

- Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? – ralhou Iemanjá, com aquele tom típico de contrariedade.
- Desculpe, sabe, ando meio ocupado – Respondeu um triste Ogum.
- Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste.
- É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãezinha”. Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles… Estou cansado…

Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria Vida por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram
realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego, e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, à direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna. Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que utiliza–se de sua espada para resolver qualquer situação.

E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer os trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muitas vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso torna–se uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas. Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava:

- Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberba, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando–a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição.

Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…

Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulu apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra Ela. Magoava–se por sua falange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua Falange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo via–se o mais lindo dos Orixás,
aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem disso…

Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir suas vestimentas sagradas, além de deixarem ao pé de Iemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulu, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxossi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém se lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro. Um a um, todos foram despindo–se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás.

Iemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exu. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado de Pombagira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam–se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor!E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Iemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pombagira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando–o a figura do Diabo:
- Hahaha, lamentável essa situação, hahaha, lamentável! – Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá.

Iemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer:
- Espere! – pensou Iemanjá – Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Iemanjá colocou–se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou–se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou ele na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também despiu–se de sua roupa sagrada, pra igualar–se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:

- Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e buscam–nos dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos. Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir…
Quando Oxalá calou–se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos os compreendiam grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros se juntariam nesse ideal. E aquilo alegrou–os tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, que são de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram–se em amor e compaixão pela humanidade.

Em Aruanda, os caboclos, pretos–velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem–aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram as armas. Apenas sorriam e abraçavam–se. O alto os abençoava…
Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pombagiras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz. Miríades de espíritos foram retirados do baixo–astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador.
E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou–se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as egrégoras de paz e luz deram as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás.

Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem–se disso. E quanto a todos aqueles, que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem–se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem–se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado. Honrem–los.

Sejam luz, assim como Eles! Exe ê o babá.


Autoria Espiritual: Vovó Maria Conga
Transcritor: Humilde e desconhecido
Local: Algum terreiro da Bahia

Extraído do blog: "Estuda da umbanda"

A magia dos pretos velhos...


Na Umbanda os Pretos velhos são homenageados no dia 13 de maio, data que foi assinada a Lei Áurea, a abolição da escravatura no Brasil.
Pretos velhos ou Pretos-velhos são entidades de umbanda, espíritos que se apresentam em corpo fluídico de velhos africanos que viveram nas senzalas e que adoram contar as histórias do tempo do cativeiro. Sábios, ternos e pacientes, dão o amor, a fé e a esperança aos "seus filhos".
O preto velho, na umbanda, está associado aos ancestrais africanos, assim como o caboclo está associado aos índios e o baiano aos imigrantes nordestinos.
São entidades que tiveram pela sua idade avançada, o poder e o segredo da sabedoria, apesar da rudeza do cativeiro demonstram fé para suportar as amarguras da vida, consequentemente são espíritos guias de elevada sabedoria, trazendo esperança e quietude aos anseios da consulência que os procuram para amenizar suas dores, ligados a vibração de Omolu, são mandingueiros poderosos, com seu olhar prescrutador sentado em seu banquinho, fumando seu cachimbo, benzendo com seu ramo de arruda, rezando com seu terço e aspergindo sua água fluidificada, demandam contra o baixo astral e suas baforadas são para limpeza e harmonização das vibrações de seus médiuns e de consulentes.
A característica desta linha, devido a elevação espiritual de tais entidades, é o conselho e a orientação aos consulentes, são como psicólogos, receitam auxílios, remédios e tratamentos caseiros para os males do corpo e da alma.
Os pretos velhos se apresentam com nomes que individualizam sua atuação, do Congo ou de Angola, evidenciando sua atuação propriamente dita e procedência. Em sua linha de atuação eles apresentam-se pelos seguintes codinomes, conforme acontecia na época da escravidão, onde os negros eram nominados de acordo com a região de onde vieram:
  • Congo (Pai Francisco do Congo) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Iansã;
  • Aruanda (Pai Francisco de Aruanda) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxalá. (OBS: Aruanda quer dizer céu);
  • D´Angola (Pai Francisco D´Angola) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Ogum;
  • Matas (Pai Francisco das Matas) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Oxóssi;
  • Calunga, Cemitério ou das Almas (Pai Francisco da Calunga, Pai Francisco do Cemitério ou Pai Francisco das Almas) – refere-se a pretos velhos ativos na linha de Omolu/ Obaluaê;
Entre diversas outras nominações tais como: Guiné, Moçambique, da Serra, da Bahia, etc… Muitos Pretos velhos podem apresentar-se como Tio, Tia, Pai, Mãe, Vó ou Vô, porém todos são Pretos velhos.
ADOREI AS ALMAS!!! SALVE OS PRETOS VELHOS DE UMBANDA!!!
 
Extraído do blog: "estudo da umbanda"

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Abaixo o preconceito reliogioso...



As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?

Mahatma Gandhi

domingo, 11 de novembro de 2012

O que são Calunga pequena e calunga grande?(características)


Aqueles que acreditam nas Forças da Natureza e no Poder dos Orixás, sempre que adentram em um santuário da Natureza, devem prestar respeito e reverência, seja ao entrar na mata, diante da cachoeira, à beira da praia, frente às ondas do mar, no sopé de uma montanha e mesmo no campo santo, morada de tantos espíritos, no portal dos mundos.

O médium de Umbanda, ao entrar na Calunga pequena, isto é, no cemitério, deve pedir licença ao Pai Omulu, em primeiro lugar, depois a Ogum Megê e finalmente ao Exu guardião daquele local, para ao sair dali, voltar em Paz para seu lar, sem levar energias pesadas ou carregar espíritos sofredores.

Se sabemos que há habitantes, temos até por educação, entrar com cuidado e respeito. Alguns utilizam guias de aço, guias contra-egum para entrar, não só em cemitérios, como em outros locais de energias pesadas, como os hospitais.

Porém, o fato de absorvermos miasmas do ambiente ou sermos seguidos por espíritos sofredores ou obssessores, pode ou não acontecer, dependendo de como estivermos vibrando, já que somos poderosos atratores de energias afins, de modo que nossos pensamentos elevados, o teor vibratório de nossos espíritos, além do poder da oração, não permitirão que levemos para casa as energias mais densas.

Pai Omulu é considerado na Umbanda, como Orixá da Saúde e Chefe da Falange dos Mortos. Socorre nos casos de doenças, protege os hospitais e intui os médicos, além de auxiliar o desprendimento do espírito na sua libertação da veste carnal. Encaminha a alma dos recém-desencarnados, enquanto se utiliza dos fluídos que se evolam do corpo físico para trabalhos de magia. Daí a sua ligação com os cemitérios e cruzeiros, onde se condensam vibrações desse gênero.

Alguns consideram Omulu e Obaluaiê o mesmo Orixá. Alguns Pais no santo enfatizam algumas diferenças. A maioria considera que Omulu é a forma mais idosa do Orixá e Obaluaiê a forma mais jovem. Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com a nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida.

Fazendo um entrecruzamento com Omulu, Ogum Megê trabalha na linha das Almas, comandando a energia de ogum dentro da Calunga Pequena. Vibrando com Omulu, O Sr. Ogum Megê é o disciplinador das almas insubmissas. Está presente nos assuntos relativos a desmanche de magia. È colaborador de Iansã. É o guardião dos cemitérios, rondando suas calçadas, lidando com a Linha das Almas.

Quando se fala em linha das Almas, também se refere aqueles espíritos iluminados, que se preocupam com a cura dos males físicos e espirituais, junto aos pretos e pretas velhos.

Quando citamos a saudação ao Exu da Calunga pequena, ele será da grande falange de Seu Exu Caveira, onde estão outros exus e suas respectivas falanges: Exu João Caveira, Tatá Caveira, Exu Caveira, Exu Caveirinha, Pomba gira Rosa Caveira, Pomba gira Rainha do cemitério, Exu Quebra Ossos. Alguns ainda citam Exu Pemba, Exu Brasa, Exu Carangola, Exu Pagão, Exu Arranca toco e Exu do Lodo ( também ligado à Nanã).

Os Exu Caveira tratam da proteção direta dos encarnados, nos assuntos do dia a dia, daqueles que são filhos de Omulu. São extremamente rigorosos, não admitindo deslizes morais, pois daí se afastam ou castigam. Mas também protegem e acompanham seus filhos por todos os caminhos, quando eles trabalham na mediunidade, auxiliando no resgate das almas.

Os Exus Caveiras também estão sempre de guarda nas campas, impedindo o vampirismo e o roubo de energias que ainda possam existir nos recém desencarnados, para evitar o seu uso na magia negra e formas pensamentos materializadas que o poder das trevas usam para corromper e espalhar o mal. Sua luta é infindável, mas também eles são incansáveis.

Já na Calunga grande nós temos o mar imenso, domínio da Senhora Iemanjá. Ali tomam conta os marinheiros, as caboclas do mar, e na praia os pretos velhos, ciganos, exus e pomba giras. À Iemanjá podemos pedir ajuda para solução de problemas que necessitem de urgente retorno, como exemplo; a cura para as doenças.

Também conhecida como Janaína e Inaê, está associada a Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora dos Navegantes. Seus atributos são a maternidade, a abundância e a generosidade. Favorece os cuidados com os filhos e a vida familiar. Senhora das águas salgadas, ela protege contra os perigos do mar.

Na Vibração de Yemanjá são: Cabocla YARA; Cabocla ESTRELA DO MAR; Cabocla DO MAR; Cabocla INDAYÁ; Cabocla INHASSÃ; Cabocla NANÃ-BURUCUN; Cabocla OXUM. Abaixo dessas Entidades, temos os GUIAS de Yemanjá: Caboclo DO MAR; Cabocla CINDA; Cabocla 7 LUAS; Cabocla JUÇANÃ; Cabocla JANDIRA e outros. Ainda dentro da Hierarquia Sagrada, logo abaixo, temos os PROTETORES. Dentre eles : Cabocla LUA NOVA; Cabocla ROSA BRANCA; Cabocla DA PRAIS; Cabocla JACY; Cabocla Cabocla DA CONCHA DOURADA; Caboclo 7 CONCHAS e outros.

Ali também está a força poderosa de Ogum. Na areia do mar está Ogum Beira mar e dentro da água está Ogum Sete Ondas. Eles atuam na ronda da Calunga grande e no reino de Iemanjá.

Devemos lembrar que o mar foi o cadinho de onde se produziu todas as primitivas formas de vida do planeta, assim como Iemanjá é a Grande Mãe, regendo todos os começos. Mas os pretos velhos consideram que o mar é a calunga grande pelo grande número de mortes que ocorreram, nos navios negreiros, nas lutas contra os piratas, nos combates no mar que levaram a tantos naufrágios. O fundo do mar é coalhado de histórias de pessoas que ali desencarnaram.

Na verdade o oceano é um grande mistério. Sabemos que possui profundos e desconhecidos abismos, onde se encontram muitas almas delinqüentes prisioneiras, esperando o momento de sua regeneração, isoladas do mundo pela capacidade de destruição que ainda possuem. Há o livro do autor Ranieri, chamado “Aglon e os espíritos do mar”, que revela a existência de numerosos espíritos aprisionados no fundo do mar por suas faltas. Segundo Ranieri, o livro foi ditado pelo próprio Julio Verne, famoso autor apaixonado mesmo em vida pelas história do mar.

Também ali alguns acreditem que se encontrem as sereias. Atribuem as sereias a seres que nunca encarnaram e atuam como seres encantados como os elementais. São seres naturais, regidas por Yemanjá, Oxum, Oxumaré e Nanã.

Ainda há trabalhando junto à Mãe Iemanjá as crianças, como Mariazinha da Praia, Joãozinho da Praia, Juquinha, Pedrinho, Estrelinha, etc., chegam nos terreiros trabalhando intensamente, de seu jeito que parecem estar brincando, e permanecem à beira-mar, junto com os pretos velhos, fazendo a ronda contra entidades maléficas.

No livro “Entre o Céu e a Terra”, de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito André Luiz, este relata : “- O oceano é miraculoso reservatório de forças – elucidou Clarêncio, de maneira expressiva -; até aqui, muitos companheiros de nosso plano trazem os irmãos doentes, ainda ligados ao corpo da Terra, de modo a receberem refazimento e repouso”.

Já no livro “Faz parte do Meu Show”, de Robson Pinheiro, encontramos várias referências do benefício que os recém-desencarnados recebem ao se aproximar das praias.

E no livro livro “Voltei”, também escrito por Francisco Cândido Xavier, a equipe responsável pelo trabalho de ajuda aos recém-desencarnados faz os primeiros atendimentos na praia.

Não há sombra de dúvida que sentimos revitalização e reposição de energias após um banho de mar, ou mesmo alguns momentos sentados em meditação e escutando o barulho característico das ondas batendo na praia. Cada umbandista deveria ao menos esporadicamente, ir à beira-mar, reverenciar à Mãe Iemanjá, pedindo a superação de momentos difíceis, Saúde, Força, Proteção, Paz.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Oração a Iemanjá II


Oração de Yemanjá

Odoiá, odoiá, Iemanjá,
Rainha das Ondas, sereia do mar.
Como é belo seu canto, senhora!
Quem escuta chora, mãe das águas,
Do oceano, soberana das águas.
Dê-me sucesso, progresso e vitória.
Abra meus caminhos no amor e cuide de mim.
Que as águas sagradas do oceano lavem minha alma e meu ser.
Abençoe, mãe, minha família e meus amigos.
Permita que o amor seja nossa maior fonte de energia.
Sou suas águas, suas ondas, e a senhora cuida dos meus caminhos.
Iemanjá, em seu poder eu confio.

Oração a Iemajá...

“Oh! Iemanjá, sereia do mar. Canto brando que acalanta aqueles que estão com problemas. Mãe do universo tem piedade de nós. As suas bençãos são benditas, pois elas chegam do seu reino. Meu coração e minha alma se abrem para contemplá-las. Mãe protetora, que sustenta e leva embora a dor. Mãe dos Orixás, mãe que toma conta e zela pelos seus filhos. Iemanjá, sua luz norteia minha mente e suas águas lavam meu corpo.”.
“Mãe divina que protege os pescadores e governa os humanos, nos dê proteção. Oh doce Iemanjá, limpe as nossas auras e nos livre de todas as coisas ruins e de todas as tentações. Você que é a força da natureza, formosa deusa do amor e da generosidade (nesse momento, fazer o pedido). Ajude-nos a descarregar as nossas almas de todas as impurezas e nos proteja nos dando saúde e paz. Ouça minha oração. Que assim seja feita a sua vontade. ”.

domingo, 4 de novembro de 2012

Sou eu...Umbanda (Lindooo)

 
Sou a fuga para alguns, a coragem para outros. Sou o tambor que ecoa nos terreiros, trazendo o som das selvas e das senzalas. Sou o cântico que chama ao convívio seres de outros planos. Sou a senzala do Preto Velho, a ocara do Bugre, a cerimônia do Pajé, a encruzilhada do Exu, o jardim da Ibejada, o nirvana do Indu e o céu dos Orixás. Sou o café amargo e o cachimbo do Preto Velho, o charuto do Caboclo e do Exu; o cigarro da Pombo-Gira e o doce da Criança. Sou a gargalhada da Padilha, o requebro da Cigana, a seriedade do Tranca-Rua. Sou o sorriso e a meiguice de Maria Conga e de Cambinda; a traquinada de Mariazinha e Doum e a sabedoria de Urubatão. Sou o fluído que se desprende das mãos do médium levando a saúde e a paz. Sou o isolamento dos orientais onde o mantra se mistura ao perfume suave do incenso. Sou o Templo dos sinceros e o teatro dos atores. Sou o mistério, o segredo, sou o amor e a esperança. Sou a cura. Sou de ti. Sou de Deus. Quem eu sou? Umbanda...
 
Texto extraido do face: Luz de Umbanda
 

sábado, 3 de novembro de 2012

Hino Cigano

 
Viajei ao longo de muitas estradas,
E encontrei Ciganos felizes.
Digam-me de onde vem
Com suas tendas
Nestas estradas do destino?
Oh, Rom,
Oh, jóvens Rom.
Eu também tinha uma grande família,
Mas a Legião Negra a exterminou;
Venham comigo,
Rom do mundo inteiro,
Percorreremos novas estradas.
É hora, levantemo-nos,
É chegado o momento de agir.
Oh, Rom,
Oh, jóvens Rom.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

As Almas-(na Umbanda)


Os preto-velhos, são os maiores compreendores da magia e do fundamento, são os mestre divinos da linha das Almas.
As Santas Almas, apesar de serem tidas como fé católica, passou a ser a fé de todos aqueles que erguendo os olhos para os céus, gritam por uma oportunidade ou por um socorro em seus momentos de aflições. Existem várias novenas conhecidas, ligadas as almas: a das Treze Almas, a das Nove Almas, das Almas Aflitas, das Almas Abençoadas, mas em todas o fundamento é um só: a súplica por uma interferência delas junto a Deus por terem sido encarnadas e saberem o que é ser um ser humano, com as dificuldades de sobrevivência.
Na umbanda é pouco divulgado a existência do balé das almas.
trata-se de um mini cruzeiro que geralmente é dedicado as almas.
Onde se cultua as almas, esse cruzeiro é construido,fora das dependencia do terreiro.

ali são ofertados, velas, água, arroz sem sal, flores ou crisântemo branco.
as Segunda-feira é o dia dedicado as almas, aos Preto-velhos e a exú.
CRUZEIRO DAS ALMAS.
Geralmente encontrado dentro dos cemitérios que na Umbanda conhecemos como CAMPO SANTO ou ainda CALUNGA PEQUENA, o CRUZEIRO DAS ALMAS ficou conhecido como ponto de referência para que velas sejam acesas em lembrança e homenagem das pessoas que ali foram enterradas em um ritual para que suas almas sejam levadas a DEUS.
Um CRUZEIRO DAS ALMAS é uma passagem, ou ainda, um portal onde o espírito passa de um plano vibratório para outro e o Orixa que rege este campo de ação é Obaluayê, mas o cruzeiro serve somente para isso?
Podemos interpretar "plano vibratório" como campo de energias, isso pode se aplicar a diversas situações que estejamos passando em nossas vidas como por exemplo: Uma doença física, emocional, uma obsessão complexa ou mesmo simples, magoas, ódios, rancores e todo sentimento de ordem negativa e quando falamos em TRANSMUTAÇÃO nos referimos também a modificação de vibração que nos problemas citados acima seria o oposto ou seja o lado positivo.
Se nos referimos a "planos" podemos ainda simplificar por "passagens" para que de forma simples nos tornemos mais compreendidos que da o título muito conhecido de Pai Obaluayê como também "SENHOR DAS PASSAGENS"

Direcionamo-nos agora para uma casa, centro, tenda de Umbanda onde encontramos nos terreiro sempre um "cantinho" das almas" ou o CRUZEIRO DAS ALMAS. Muitas vezes um determinado guia nos da uma vela branca e nos pede para firma-la no mesmo, logo interpretamos que estamos com eguns, quiumbas ou algum sofredor, mas nos esquecemos que tal qual no campo santo, ali também é um ponto natural e sagrado de Obaluayê e muitas vezes a "vela" não para os outros, mas sim para nós mesmos, para podermos com a ajuda do Pai Transmutarmos algo de ruim ainda que não estamos conseguindo sozinhos resolver dentro de nós.
Lembramos ainda que o Cruzeiro de um centro tem a função de proteger também a casa de ataques de seres infelizes vampiros espirituais, etc... Como no campo santo é feito.
Como podem ver nada tem a ver um cruzeiro das almas com azar ou chamamentos da morte, isso é fruto de crendices populares e gente infelizmente ainda mal informada dentro e fora da Umbanda.
Além de um campo de proteção para a casa, ali ficam direcionadas as forças do Orixa Obaluayê, para que de forma sagrada e ritualistica elas possam ser evocadas.

A grande maioria dos devotos das almas vão na segunda-feira ao Cemitério ( campo santo), levar as almas velas, rezam terços , vão pagar ou fazem promessas.
Lembrando que as almas são poderossimas e tudo fazem para ajudar, porém convém lembrar que elas costumam cobrar o cumprimento das promessas.

Oração das almas
Esta oração destian-se a pedir ajuda em qualquer caso de desepero.

Almas santas e benditas, abençoadas
de Deus e das três pessoas da
santíssima trindade, vós fostes
como eu, e eu coo vós, nem mais
nem menos. Assim, fazei o que vos peço.

[ Neste momento fazer o peido do que se quer conseguir ]

Rogo a Deus pelas almas dos aflitos e
desesperados, aqueles que morreram
afogados, com sede e fome,
e aqueles que morreram queimados e
degolados. Rogo a Deus e ao divino
espírito Santo, que lhês dêem luz,
e alguma destas almas, que estiver
perto de ver a face de Deus,
Vinde a mim falar e dizer bem claro,
isto que vos peço.

[ Neste momento, fazer novamente o pedido que se quer conseguir ]

Que eu Rogarei a Deus por vós.

Texto extraido do blog: Centro espírita Pai João de Angola

Salve os caboclos!!!

 
Ô salve o sol, salve a estrela guia
Saravá seu Ventania
Umbanda vamos saudar
Ô salve a folha da macaia na Jurema
Salve cabocla de pena
Filha de Tupinambá
...
A luz brilha iluminando o mundo inteiro
Clareando o terreiro
Para caboclo passar
Salve a folha da macaia
Umbanda vamos saudar
Firmou seu ponto
Na raiz da urucaia
Jupira e cabocla Iara
Vieram pra confirmar
Bendito seja o nome deste caboclo
Saravá Arranca Toco
Saravá pai Oxalá
Caboclo Arruda que chegou neste terreiro
Junto com seu Flecheiro
Umbanda vamos saudar
Seus filhos vibram com o brado caboclo
Saravá Arranca Toco, Arruda e Tupinambá